Somos um país de
primeiro mundo em que?
Não se admite que em
um país em que seus governantes afirmam ser de primeiro mundo ter a saúde
pública em tão mau estado! Estamos na realidade em um quarto mundo ou para lá
disso. O tratamento dado às pessoas que necessitam de atendimento nos postos de
saúde, hospitais, unidades de pronto atendimento e atendimento de urgência está
piorando a cada ano.
Basta verificar as
filas existentes em tais locais, intermináveis, e as condições dos atendimentos,
nos quais quase sempre existem poucos médicos, pessoas de enfermagem, de apoio,
além de falta de material de apoio e principalmente de medicamentos.
A
Dengue
Em uma
situação atual os casos de dengue aumentam, além de outras enfermidades como o
sarampo e outras... Não são admissíveis as epidemias de dengue e as poucas
providências adotadas pelas autoridades. Atualmente, com dados do dia 24 de
abril, existem 239 pacientes em corredores de emergências de cinco hospitais de
Fortaleza. Foi até criado um sistema chamado de “corredômetro” para atualizar o
problema diariamente.
Situação na Grande
Messejana
No Ceará os números
de Dengue apontam 1.241 casos confirmados apenas em uma semana, conforme dados
da Secretaria Estadual da Saúde. Com isso são 5.889 casos registrados em 2015.
Na chamada Grande Messejana, uma área da Secretaria Regional VI, os problemas
enfrentados pelas comunidades são os mesmos. Há grande deficiência na área de
saúde local. Nenhuma providência foi relatada referente à prevenção da dengue.
Há terrenos baldios abandonados, muitos esgotos a céu aberto e muito lixo, que
formam um conjunto apropriado para o desenvolvimento do mosquito da
dengue.
E quem precisa de
consultas ou exames nos hospitais públicos postos de saúde?
Verdadeiramente
vexatória é a situação daquelas pessoas que buscam os hospitais públicos ou
postos de saúde em busca de soluções para seus problemas de saúde. O que
acontece? Chegam essas pessoas nos postos de saúde e, quando têm muita sorte
conseguem agendar uma consulta para três meses! Nos casos mais extremos, quando
essas pessoas possuem um diagnóstico de uma moléstia que necessita de tratamento
de urgência, como um câncer ou algo similar, o problema se torna ainda mais
grave tendo em vista que a marcação do início para os tratamentos nunca
respeitam os limites de urgência que os casos requerem.
Os maiores problemas
são: falta de medicamentos nos postos de saúde, a longa espera por consultas.
Nos Frotinhas e Gonzaguinhas a falta de pessoal e as reformas que nunca acabam.
Em outros hospitais, de maior complexidade, o cancelamento de cirurgias e a
superlotação que levou ontem, 27 de abril, 367 pacientes a serem atendidos
em corredores.
Conforme os profissionais da área de saúde os programas
governamentais para a área estão sem estrutura redundando em uma “via-crucis”
para a população.
Carência de leitos em
hospitais e atendimentos nos corredores
Quase
a totalidade dos hospitais públicos sofre com a falta de leitos para atender os
pacientes. As causas são as mais variadas, atrasos e falta de recursos e
superlotação. As cidades interioranas, como possuem problemas ainda maiores,
encaminham os casos mais graves para as capitais, na esperança de que os
pacientes consigam atendimento. Na realidade essas cidades deveriam atender os
principais casos médicos e resolver prontamente os problemas, pelo menos os mais
simples. Mas como não conseguem a solução é enviar as pessoas para os centros
mais avançados através de ambulâncias. E desse modo, como não há capacidade de
atendimento, ficam as pessoas esperando vagas em corredores, em condições muitas
vezes humilhantes para um ser humano.
Falta de investimento
em áreas não prioritárias
Em nosso entendimento
o maior problema consiste na falta de investimento dos governos, de uma forma
generalizada, em áreas prioritárias. Como assim? O que teria mais prioridade,
uma Copa do Mundo, na qual além de ter perdido, o país ficou endividado, obteve
pouco lucro ou até mesmo prejuízo com a construção superfaturada de muitas
arenas de futebol e agora, com obras restantes ainda a fazer se encontram sem
utilização. São os chamados “elefantes brancos”. Eis o legado da Copa!
Inversão de
prioridades
O governo brasileiro
priorizou a Copa do Mundo e deixou a Saúde e outras áreas essenciais em segundo
plano, como a Segurança Pública, a Educação... E agora o país se prepara para as
Olimpíadas de 2016! Continua sem aprender o significado da palavra PRIORIDADE e
isso é lamentável.
Que providências
estão sendo tomadas?
Entre a corrupção, as
discussões e a lentidão dos políticos para aprovar as reformas necessárias para
corrigir os rumos do Brasil continuamos sem saber direito o que o governo
deseja.
No final do mês de
abril o país praticamente ainda não começou o ano!
Disputa pelos
Ministérios, pelo poder, pelos cargos. Preocupação dos políticos em aumentar
seus próprios salários e outras benesses, aumento dos fundos partidários e mais
nada.
Enquanto outras
economias andam no trem-bala nós estamos andando de jumento. E os problemas se
avolumam!
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