quinta-feira, 25 de junho de 2015

A insegurança e a violência trazem o medo à Grande Messejana


SÃO INÚMEROS PROBLEMAS QUE AFLIGEM MESSEJANA

Já passa da hora das autoridades apresentarem ações mais eficazes contra a insegurança e a violência que são uma constante na Grande Messejana. Em vez de encontrarmos moradores tranquilos em suas casas o que facilmente se vê são moradias que mais parecem fortalezas. É assim que a sociedade tenta se proteger dos assaltos, dos furtos e dos roubos em Messejana e seus arredores. Falta policiamento, na realidade. O que certamente contribui para a certeza dos meliantes em roubar quem quer que seja, sem ser “incomodado”. O quadro é lamentável.  A figura abaixo mostra um exemplo de como as casas foram se modificando, ao longo do tempo, em razão do aumento da insegurança. E uma projeção do que seria em 2020, em razão da escalada da violência.

 

É verdadeiramente de assustar. Quem te viu outrora e quem te vê agora, Messejana. Antigamente era conhecida como um local tranquilo, de clima espetacular, com pouco movimento...

Mas a modernidade chegou passo a passo e com ela todas as consequências, boas e ruins. Além do trânsito caótico, a poluição visual, os esgotos a céu aberto em muitos locais, a falta de fiscalização sobre o uso das calçadas por ambulantes, os terrenos baldios com lixo, pouca iluminação pública em vários locais, buracos nas principais ruas e por aí seguem os problemas atuais. Mas dentre estes se destaca um dos piores, com toda a certeza, a violência. Aquela que gera o medo, a insegurança e a intranquilidade entre seus moradores. A quantidade de assaltos, assassinatos e roubos na região é impressionante.

A VIOLÊNCIA E OS ASSALTOS

Nos dias de hoje Messejana também se tornou alvo fácil de ladrões e assaltantes à mão armada, particularmente de telefones celulares, fato comprovadamente registrado pelo noticiário policial. Vários casos foram constatados nas proximidades no quarteirão formado pela Rua Antonio Barros, Avenida Manoel Castelo Branco, Rua José Hipólito e Cel. Dionísio Alencar, ou seja, no entorno do Estádio Walter Lacerda, também conhecido como “Murilão”.

O “MODUS OPERANDI”

Os marginais quase sempre atacam suas vítimas em duplas, de bicicleta ou de motocicleta. Um assaltante circula para identificar sua vítima, seu alvo, e outro ataca. Localizam de preferência mulheres que, por sua natureza, dificilmente esboçam qualquer reação aos assaltos. Perseguem uma potencial vítima e no meio dos quarteirões efetuam os assaltos “na maior tranquilidade”.

Em um dos casos que chegou ao nosso conhecimento a vítima, quando se deslocava para o trabalho, após descer de um coletivo foi ameaçada com um revólver na cabeça pelo bandido, que anunciou o assalto dizendo: “passa o celular se não eu te mato”... Mesmo após ter entregado o telefone celular imediatamente, continuou por vários metros sendo seguida pelo assaltante que dizia “se você gritar eu atiro em sua cabeça”... A vítima (não identificada aqui por motivos óbvios) ficou em pânico, traumatizada e teve que ser assistida mais tarde em um hospital.

POR QUE NÃO INCREMENTAR A FORÇA TÁTICA DE APOIO?

A Força Tática de Apoio (FTA)

Em alguns casos que chegaram ao conhecimento do Portal Messejana a pronta ação dos policiais em motocicletas da FTA (Força Tática de Apoio) da Polícia Militar, fez a diferença, conseguindo prender os marginais e recuperar os objetos roubados. E aqui vai um elogio ao pessoal que compõe a FTA da Polícia Militar do Ceará: quando eles se fazem presentes tudo muda de figura e os marginais se dão mal.

SUGESTÕES PARA MAIS DUPLAS DE FTA

Uma sugestão seria que as autoridades investissem mais nas motocicletas, por sua mobilidade e própria economia. Policiais em duplas em motocicletas certamente são mais ágeis do que ladrões em bicicletas. Ou estamos errados? Grupos de desocupados, que ficam sentados simplesmente observando as ruas, deveriam ser abordados para identificação. O marginal tem que voltar a respeitar a Polícia, como antigamente. E devemos aproveitar enquanto a situação não está totalmente fora de controle.

Achamos que é imprescindível uma ação mais enérgica da Polícia Militar fazendo abordagens rotineiras na área. E marcando presença mais constante.

NECESSIDADE DE UMA “SATURAÇÃO”

Como as próprias autoridades policiais dizem e fazem muitas vezes existe a possibilidade do emprego de uma SATURAÇÃO, ou seja, de um policiamento que abordasse as pessoas na área, em particular ciclistas (não que todos sejam criminosos, é lógico, mas porque a maioria dos casos de roubo é praticada por elementos que andam de bicicleta).

Essa saturação serviria para que os marginais pensassem duas vezes em assaltar em Messejana, em especial nos quarteirões mencionados, pela quantidade de casos. É frequente as pessoas serem assaltadas e nem sequer registrar os boletins de ocorrências (BO). Dizem que “não dá nada” mesmo. E que não adianta...

INSEGURANÇA EM MESSEJANA

Hoje em dia o que se nota é uma significativa diminuição do tempo em se nota uma viatura de Polícia (Ronda do Quarteirão) passando pelas ruas de Messejana. Quase não existe mais. Uma viatura que deveria circular na Avenida José Hipólito, a de número 1170, a polícia militar informou que está danificada há quase dois anos.

E com isso as pessoas temem ficar em suas calçadas, temer em abrir a porta para receber o pão ou algum remédio, ou até mesmo os Correios, temem retirar algum dinheiro em banco ou receber seus salários, temem sair para alguma pizzaria ou restaurante à noite ou de dia. Ora, nem todo mundo possui carro. E a comunidade precisa se deslocar. O direito de ir e vir (com segurança) está difícil e se torna mais complicado a cada dia. Quem tem o "alerta google" com a palavra "Messejana" pode ver os inúmeros relatos de crimes, assassinatos, roubos e assaltos na Grande Messejana.

OS MUROS E AS VERDADEIRAS “FORTALEZAS”

O que se observa em todas as ruas (não só de Messejana, mas de Fortaleza) é que a população investe de forma maciça em portões de ferro, muros altos, cercas elétricas, cercas com arame farpado, câmeras de vigilância etc. As residências muitas vezes parecem até prisões... É uma tentativa de se defender. Mesmo porque a população já está totalmente desarmada e os marginais armados do jeito que querem. Tudo isso é o retrato do medo, da insegurança, ambos gerados pelo atual estado de situação. 

SERÁ QUE PAZ VAI VOLTAR A REINAR EM MESSEJANA?

Gostaríamos muito de voltar a noticiar fatos bons, novidades boas. Mas está difícil. Os problemas de Messejana vão se agravando dia a dia. Será que ainda poderemos andar com tranquilidade pelas ruas? Sair na calçada de sua própria sem o medo de ser assaltado ou ser assassinado?

ANARQUIA E FALTA DE RESPEITO COM O USO DE SOM

Como se não bastasse isso tudo ainda há o uso de som em casas noturnas instaladas em áreas residenciais até altas horas da noite. Chegam ao nosso conhecimento que a polícia é acionada através do 190, mas sem resultado. Perto do cruzamento na Estrada do Fio com Avenida Barão de Aquiraz há três "bares", sem alvarás de funcionamento, que aborrecem a vizinhança através de caixas de som em alto volume até mesmo durante as madrugadas. Todos os órgãos responsáveis foram notificados do problema, várias vezes, mas a situação persiste. Inexplicavelmente.

MOBILIZAÇÃO DA SOCIEDADE

Resta à sociedade se mobilizar e fazer um alerta à Polícia no que diz respeito à sua parte (registrando os Boletins de Ocorrência, enviando denúncias para os órgãos de imprensa, pedindo ajuda para os parlamentares locais). O Prefeito Roberto Cláudio, em nota publicada no Diário do Nordeste, sugere que cada cidadão seja um “fiscal” no que diz respeito ao lixo. Propõe um pacto pela limpeza pública da capital. 

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